terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Resenha-resumo Livro O que é Linguística? - Eni Puccinelli Orlandi


Capítulo 1 – 8

Capítulo 1 – Saber e poder
Sendo a linguagem algo natural para o ser humano se comunicar no meio onde vive, o homem buscava desde a antiguidade explicá-la, passando pela Grécia antiga, antigos hindus, Idade Média, etc. Cada qual trazia questões a respeito da organização da linguagem, por qual critério uma palavra era atribuída a algo, estudos linguísticos por motivos religiosos e até mesmo a procura por uma teoria geral da linguagem. Portanto, a linguística se tornou uma ciência com o objetivo de explicar a linguagem verbal humana.

Capítulo 2  –O que é e o que não é linguística
A linguística não lida com regras ou normas, pois trabalha com a linguagem, especificamente a linguagem: verbal, oral e escrita. Os signos possuem papel importante na cultura e identidade social dos homens, pois abrangem os sinais da fala e da escrita produzidos pelo homem, pois abrangem os sinais da fala e da escrita produzidos pelo homem, podendo estes ser verbais (formados por palavras) ou não-verbais (imagens, sons). Os pensadores do século XVII (gramáticas gerais) procuraram definir a linguagem e a gramática de forma racional, com princípios lógicos e gerais que deveriam reger todas as línguas, funcionando como uma representação do pensamento de forma clara e precisa, a criação de uma língua universal. Já os pensadores do século XIX (gramáticas comparativas) observaram que a língua se transforma com o passar do tempo, de forma independente e regular. Perceberam semelhanças gramaticais e sonoras entre as línguas quando comparadas, desvalidando assim o ideal de língua universal e iniciando a busca pela língua de origem.

Capítulo 3 –Duas obras, um Saussure e nenhuma publicação
Apesar de Saussure ser conhecido pelo Curso da Linguística Geral, em que baseia-se a linguística moderna, essa não foi a tarefa com que mais se dedicou. Saussure procurou analisar Anagramas, mostrando a existência de um texto sob o texto poético, um tipo de linguagem sob a linguagem, porém não obteve grande reconhecimento. Para ele, a linguística teria como objeto a língua, e define a mesma como um ‘’sistema de signos’’, esses signos seriam uma associação do significante para o significado, onde o significante seria a imagem acústica e o significado seria o conceito em si. Saussure também distingue a fala da língua, excluindo a fala da linguística por se tratar de algo individual, e a separação da sincronia da diacronia. Para Saussure, a estruturação da língua se da pela junção de unidades linguísticas que só possuem valor se relacionadas ao todo. Dentro do estruturalismo, há também o funcionalismo, que tem por objetivo analisar as funções desempenhadas pelas unidades linguísticas nos aspectos tanto fônicos, gramaticais e semânticos.

Capítulo 4 –As muitas funções
As funções constitutivas da linguagem se caracterizam pelo papel que os elementos desempenham no esquema da comunicação, possuindo assim as funções: expressiva; conativa; referencial; fática; poética e metalinguística. Há também a forma de funcionalismo que considera os desvios da linguagem como algo funcional, discordando que os erros devem ser descartados, mas sim aproveitados para estudo. Os círculos eram grupos constituídos de jovens estudiosos que se reuniam para discutir a linguagem e foram substanciais para o desenvolvimento da linguística.

Capítulo 5 –Chomsky: Uma teoria científica explicativa
Noam Chomsky propõe uma teoria chamada gramática com estudo centrado na sintaxe e a finalidade de dar conta das frases que pertencem à língua sem atribuir normas, em que esta constituiria um nível autônomo, surgindo assim a gramática gerativa, que seria a possibilidade de gerar frases em quantidades infinitas por um número limitado de regras, tornando assim a linguística explicativa e científica. Para Chomsky, o linguista tem como dever descrever a competência do falante, esta definida como a capacidade que o falante/ouvinte tem de produzir/compreender qualquer frase da língua e o conhecimento a respeito das frases. Os falantes podem formar frases novas com vase em regras predeterminadas e a tarefa dos linguistas é justamente mostrar essa capacidade. A espécie humana possui aptidão inata para a linguagem, faz parte de sua natureza.

Capítulo 6 –O social e o cultural
A fala em si varia por diversos fatores, sendo eles sociais ou culturais, e suas características se distinguem, por exemplo, pelo idioleto, dialeto, língua nacional e a mistura de línguas. É encontrada certa dificuldade em definir de que natureza se trata a relação entre a linguagem e a sociedade, pois essas diferem em dois aspectos: a de causa e efeito. A sociolinguística trata-se de um ramo da linguística que observa e analisa dados. Ela considera a sociedade como causa, portanto a linguagem seria de tal forma devido as estruturas sociais, levando em conta o falante real, isto é, a relação das variantes linguísticas com as variantes sociológicas, e que a língua é um sistema diversificado e em constante mudança. Já a etnolinguística considera a linguagem como uma causa, assim as diferenças culturais e sociais estariam sendo fundadas pela linguagem. Haveria ainda uma terceira possibilidade definida pela sociologia da linguagem, em que o fator social e o fator linguístico estariam unidos, e a língua não seria apenas um meio de transmitir informações. A pragmática trabalhava com a importância da significação, de que forma o signo era entendido pelo usuário. A teoria da enunciação trata da subjetividade da linguagem, e a sua função na composição da identidade do sujeito, o modo pelo qual o mesmo usa de artifícios da linguagem para evidenciar-se naquilo que diz.

Capítulo 7 –A análise de discurso: mais uma volta nos círculos
A análise do discurso propõe uma teoria crítica da produção da linguagem pela análise do texto, buscando expor seu funcionamento e sua ligação com as formações ideológicas. Para ela, a linguagem seria formada pelo sujeito, pois ao analisar um texto o mesmo atribuiria um significado individual, levando em conta sua dimensão ideológica.

Capítulo 8 –Tecnologias da linguagem: um novo funcionamento

A linguagem digital traz novas formas de informação, comunicação e interpretação por possuir diferentes maneiras  de significar, isto é, novas formas de textos, além de expandir e diversificar os meios transformando a relação do indivíduo com a leitura e a escrita, fazendo com que o mesmo compreenda a linguagem de outras maneiras. Os linguistas admitem que as tecnologias da linguagem se dão por uma necessidade histórica, social e científica, e que a mesma colabora para o desenvolvimento da relação do indivíduo com a linguagem.

2 comentários :

  1. Li o livro e não entendi nada mas agora com o resumo entendi prevemente
    Obg :)

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  2. obrigado por mim ajudar com seu resumo mim ajudou a entender mais sobre o livro
    !

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